Couchsurfing: a experiência de Carolina e sua família

Já pensou se houvesse uma plataforma que permitisse fazer novos amigos em diversas partes do mundo, trocar experiências de vida com eles e ainda de quebra poder se hospedar na casa deles sem custo algum? Pois isso existe e se chama Couchsurfing. 

Atualmente, 14 milhões de pessoas estão inscritas no site Couchsurfing e a todo momento estão combinando viagens e eventos, trocando ideias e estabelecendo novas amizades, inclusive internacionais.

Couchsurfing em casal

Experiente no Couchsurfing, a economista Carolina Mello, que tem dois filhos e mora no Rio de Janeiro, viaja desde 2007 para diversos países e aprova a modalidade. Tanto que, ao longo dos anos, já hospedou 35 pessoas e já usou esse tipo de hospedagem em torno de oito vezes.

Inicialmente, Carolina viajava com o marido. Com a chegada do filho mais velho, até pensou que não teria mais esse tipo de experiência. Porém, descobriu grupos de Couchsurfing voltados para famílias. Sim, o Couchsurfing não serve apenas para viajantes solitários, nem casais. Há também muitas famílias que amam essa experiência de trocar costumes e de aprender sobre outras culturas.

Experiência em família

Carolina lembra que sua primeira viagem com o filho maior foi em 2010. “Ficamos hospedamos com duas famílias na Bélgica e uma em Colônia, na Alemanha. Uma das famílias tínhamos hospedado em nossa casa em 2005. E ainda nossa primeira hóspede, que mora em Berlim, foi nos visitar. Foi uma experiência incrível!”, explica.

Com a chegada da segunda filha, ficou mais difícil abrir sua casa pra hospedagens. Mas a família de Carolina continuou tendo experiências de Couchsurfing, ficando hospedada na casa de algum anfitrião da plataforma. “Viajar em família é incrível, pois você tem a oportunidade de dividir experiências com uma família local, de ter um lugar com mais estrutura para as crianças, de conhecer outras formas de viver”, destaca.

Dicas importantes

Carolina explica que o ideal é mesclar dias de hospedagem em Couchsurfing com dias de hospedagem tradicional. “Às vezes só nos encontramos e partilhamos momentos com outra família, sem ficar na casa delas”, explica. 

Além disso, para escolher com quem vai trocar experiências, Carolina diz que analisa o perfil da pessoa para ver se tem expectativas parecidas com as dela. “O legal do Couchsurfing é isso. Tem gente que quer mais interação, outros menos. O importante é sempre deixar claro o que se espera, como as coisas vão funcionar, se comunicar bastante antes”.

Tipos de hospedagem

Os tipos de hospedagem que são oferecidos variam de pessoa para pessoa. Nesse sentido, há anfitriões que oferecem o sofá da sala, outros, barracas de camping no quintal. Há também uns que pedem pro hóspede sair de casa quando os donos não estão. 

Com relação à comida, também há regras diversas de acordo com o anfitrião. “ Há quem peça pra você comprar suas coisas, há quem te ofereça algo. Mas o esperado é que você compre suas coisas e ofereça ao seu host. Já comi jantares deliciosos feitos pelos meus hóspedes”, destaca Carol.

Anfitriões

Uma coisa que não se deve fazer quando se usa esse tipo de hospedagem é apenas usar o local como um hostel comum. Precisa haver um mínimo de convivência com os anfitriões e uma troca de experiências para não criar um clima ruim durante a hospedagem. Sobre a duração da estadia, cada um é livre pra negociar com o anfitrião, mas Carolina acredita que três a cinco dias são ideais.

Para quem quer participar do Couchsurfing e usar esse tipo de hospedagem, Carolina aconselha ler muitos relatos dos participantes para entender como funciona, participar dos encontros ativamente (há vários no Brasil), a fim de alinhar as expectativas com essa forma de hospedagem e de troca de experiências, e por fim, conhecer o perfil dos seus anfitriões, porque eles querem saber porque foram escolhidos para hospedar você.

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